"Não se preocupe em explicar emoções. Viva tudo instaneamente, e guarde o que sentiu como uma dádiva de Deus."
Paulo Coelho

quinta-feira, 24 de março de 2011

Momentos

Tirar fotos de momentos marcantes não tem preço!








Fotos: Ubirajara de Almeida Galvão

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Resenha Crítica: A Deontologia Das Midias

Título: A Deontologia Das Midias
Ano: 1999
Páginas: 234
Editora: Edusc
Autor: Claude-Jean Bertrand



Credenciais do autor

Claude-Jean Bertrand foi professor da Universidade de Paris II, especialista em ética da mídia, estudante da civilização americana. Ele dissertou sobre a ética da mídia em 58 países nos cinco continentes, fazer excursões com os EUA, no Cáucaso, África e América Latina. De 1976 a 1984 foi editor executivo da revista da Associação Francesa de Estudos Americanos.


A obra

Na introdução, o autor argumenta a importância do estudo da deontologia atualmente. Antigamente, mesmo com a existência da mídia, a maior parte dos profissionais não falavam ou argumentavam dobre esse estudo. Atualmente isso mudou, pois, com o crescimento dos meios de comunicação, esses profissionais passaram a argumentar por meio deles. Para o autor, para haver democracia tem que de haver cidadãos bem informados, e a mídia tem o papel de passar essas informações. A mídia deve ser livre e deve atender de forma certa a todos. O autor também afirma sobre os diversos motivos de estudo que os profissionais desejam estudar, falar e posteriormente publicar. Para ele, a mídia só pode ser levada a sério se nele houver liberdade de expressão, pois se não, ela seria pobre, corrompida e controlada pelo estado.
No primeiro capitulo o autor afirma que a deontologia só pode se desenvolver se for livre. Existem cinco obstáculos principais para a liberdade de imprensa: tecnológico, político (ainda hoje o estado tenta censurar ou orientar a informação), economia (mídia como forma de tirar proveito), conservadorismo dos profissionais e as tradições (provem do público). O autor também distingue os tipos de regime:
Regime autoritário: Os meios de comunicação pertencem a empresas privadas. As idéias são veiculadas conforme os interesses do poder. Não há debate político. Regime totalitário: O estado utiliza a mídia como instrumento para divulgar suas instruções, incitar o povo a segui-las ou omitir sua ideologia oficial. Regime liberal: É preciso que todos os fatos sejam relatados e que todas as opiniões sejam postas no mercado das idéias.
Regime de responsabilidade social: É preferível que a mídia não seja propriedade, nem esteja sobre o controle do estado. Os meios de comunicação não são empresas comerciais e deve responder a necessidades e a desejos do público.
O papel da mídia é obter informação, interpretá-la, em seguida fazê-la circular. Seu papel principal é fornecer rapidamente informações sobre a atualidade.
O entretenimento tornou-se indispensável, mais do que antigamente, para diminuir as tensões que ameaçam levar à doença ou a loucura. Há, porém, um limite entre jornalismo e entretenimento. Segundo o autor, é preciso separar de um lado a informação exata e útil e do outro, uma distração que não seja nociva nem para o individuo nem para a sociedade.
Os funcionários da mídia são os responsáveis por ela. Ambas possuem responsabilidades diferentes, não podendo confundi-las. O autor separa os dois tipos: Peões: aqueles jornalistas comuns, numerosos, pagos submetidos a pressões, desprezados e acusados de todos os males da mídia; Vedetes: os astros, necessariamente televisivos, pouco numerosos muito bem remunerados. São vistos como modelos pelos outros profissionais.
O autor acredita que a liberdade de empresa é necessária para que se tenha liberdade de informar e debater. O direito e leis são necessários para que a mídia assegure um serviço conveniente para o publico. As leis servem para impedir algumas praticas e deve ajudar a mídia a fazer seu trabalho de forma clara e precisa.
No capitulo dois Bertrand discute sobre as limitações da autonomia da mídia. A mídia faz parta de sociedade. Para ele a mídia pode causar efeitos tanto positivos como negativos. Podem exercer fortes influencias, a longo ou curto prazo, sobre as pessoas. O autor volta a falar dos direitos e deveres. Todo individuo possui o direito da liberdade de opinião e expressão. Tem o direito de não ser incomodado ou criticado por suas opiniões e o direito de procurar, receber e de difundir as informações e as idéias por qualquer que seja o meio de expressão. A comunicação possui o dever de passar a informação a todos. O autor também argumenta sobre os direitos do jornalista: Direito a salário decente, de serem informados sobre a política da redação, de serem consultados antes de qualquer mudança que houver, direito de recusar uma missão que não está de acordo com suas crenças, além do direito a acesso de informações.
No primeiro capitulo da parte dois, o autor diz que o código de imprensa está presente até mesmo em nações onde o regime não é ditatorial, e quando são adotados geralmente já existe uma lei. Esses códigos informam o público sobre a profissão: como regras de conduta, o aumento da clientela pela melhora da credibilidade, e a proteção do cliente. O código evita a intervenção do estado na mídia. Na maior parte dos códigos estão as mesmas regras fundamentais para o profissional: Não mentir, ser competente (seguro de si, pronto para conhecer seus erros), ter uma definição ampla e profunda da informação, servir todos os grupos (desde ricos e pobres, novos e velhos), defender os direitos do homem e da democracia.
Regras ideais: É aconselhável não aceitar missões que não estão de acordo com a deontologia; ter excelente conhecimento dos assuntos e deixar opiniões próprias fora da reportagem.Regras Gerais: É aconselhável não mentir, não roubar, não causar sofrimento a quem quer que seja. Não falsificar uma informação, não aceitar vantagens financeiras.
Regras com exceções: O profissional deve proteger a identidade de suas fontes e não deve coletar informações de modo clandestino. Não deve incitar ninguém a cometer delito, nem interferir na vida privada de alguém.
O jornalismo não deve ceder nenhuma pressão quando for selecionar ou apresentar uma notícia, nacional ou estrangeira.
Existem tre tipos setores de atenção particular pelos generalistas: o terrorismo, relatos policiais e os processos. No caso dos relatos policiais não deve dar nomes de menores acusados de crimes, não citar crimes e delitos passados. Não deve identificar parentes ou amigos da pessoa acusada de crime, exceto em exceções graves. O profissional jamais deve decidir se o acusado é culpado até que isso seja confirmado. Não publicar nada que possa modificar a opinião do tribunal.
Os jornalistas devem ser neutros. Deve ser honesto, evitar conflitos de interesse, não aceitar favores materiais ou morais. Deve lutar pelos direitos de sua profissão, contra qualquer censura e pelo acesso a informação. Não deve prejudicar os usuários ou reportagens. Não deve inventar nem omitir informações, nem utilizar meios desonestos para obter alguma informação. Não pode misturar fatos e comentários.
Os códigos querem a formação deontologica do jornalista. Não pode prever todos os casos. Em conseqüência, o profissional muitas vezes deve apelar para o bom senso.
No segundo capitulo da parte dois, o autor afirma que o jornalista deve ter consciência do que ele é do que não é. Para ele os códigos esquecem que o jornalista domina sua própria língua e conhece sua própria cultura. Afirma também que a deontologia possui, como obstáculo, a preguiça, a insensibilidade burocrática e a falta de imaginação.
Os meios de informação deveriam diferenciar as noticias recreativas e importantes, privilegiando aquelas que podem afetar a vida de um grupo social.
Os meios de comunicação deveriam dedicar-se mais aos assuntos econômicos, sociais e científicos. A mídia deve tornar o publico mais sábio e mais civilizado.
A liberdade de imprensa deve ouvir também os marginais, excêntricos, e corruptos. A mídia não visa formar cidadãos, mas garantir o maior números de consumidores.
O autor termina dizendo que cada país deve apresentar produtos de mídia dos outros para divulgar a cultura.
No primeiro capítulo da parte três, o autor explica sobre a criação dos MARS (meios de assegurar a responsabilidade social da mídia). Foi usado para fazer com que os meios de comunicação tenham responsabilidade perante seu público. O público deve ficar satisfeito com o serviço. Os autores devem, em primeiro lugar, dar atenção ao público.Os diretores de redação não devem desrespeitar os códigos que fazem parte do contrato de admissão. Já os jornalistas, segundo o autor, são os mais interessados em seguir a deontologia pois isso os favorece.
O autor comenta sobre alguns documentos que são transmitids por meio da televisão e do radio. A imprensa pode de corrigir seu erro a partir do quadro de correções, adquirindo maior credibilidade perante o público. A mídia deve oferecer fóruns para que possa haver posteriores discussões, exercendo o direito do individuo de manifestar-se. Opiniões contrarias as do público também são validas. Existem alguns meios de comunicação utilizados apenas pra isso.
No segundo capitulo da parte três, o autor comenta sobre as criticas e obstáculos. As criticas servem para contribuir e convencer os jurados do meio de comunicação. Afirma também que os códigos são vistos apenas como uma lista de proibições e de votos periódicos.
O autor comenta que os códigos refletem a visão do mundo que os jornalistas têm.
Dentro dos obstáculos ele argumenta sobre as objeções injustificadas: ameaças de recuperação vinda do Estado, inutilidade, estigma das relações públicas, hostilidade partidária e a ignorância. Já os verdadeiros obstáculos são determinados por: a dependência dos jornalistas, o conservadorismo, o corporativismo, a arrogância, a hiper-susceptibividade, o preço, o tempo e a tara fundamental.

Conclusões

As conclusões do autor são colocadas no final do livro. Para ele, tanto o público como os profissionais da mídia devem começar a agir. Os profissionais devem melhorar o atendimento da empresa, mas mais o que isso devem atingir de forma ampla o público, da maioria a minoria. Eles devem utilizar cada vez mais o sistema dos meios de assegurar a responsabilidade social da mídia, garantindo o público e oferecendo qualidade para o público. O autor ainda afirma que a deontologia é o único método que melhora o serviço da mídia de uma forma inofensiva e rápida, embora funcione a longo prazo e necessita de energia, espírito inovador, devotamento, organização e vontade.

Quadro de referências do autor

O autor utiliza conhecimentos sobre as leis e códigos do jornalismo e conhecimento de mundo.Ele utiliza fatos que acontecem no cotidiano do profissional, como argumentos e fatos históricos, como forma de aprofundar e enriquecer seus textos.


Apreciação

A leitura desse livro me proporcionou um aprofundamento sobre as leis e códigos presentes no jornalismo. A mídia, embora sirva para informar e entreter, deve ser tratada com bastante cautela. Um simples noticiário pode prejudicar a imagem de uma pessoa ou de um grupo especifico da sociedade. Do mesmo jeito, nossas ações como profissionais deve estar sobre constante vigia. Nós lidamos com o público, e qualquer informação errada ou a revelação de alguma fonte pode acarretar uma série de problemas.
O estudo da deontologia deve ser peça fundamental para os profissionais dessa área, tanto para os que possuem diploma como os que não possuem.
Claude-Jean Bertrand é realmente um mestre no assunto. O livro traz explicações muito interessantes que prende a atenção de quem lê. Por outra lado suas exemplificações chegam a ser monótonas, algumas vezes não necessitando de tanta explicação.
A obra é importante para qualquer profissional da área de jornalismo, com certificado ou não. É importante também para profissionais da área de direito e para professores e alunos dos dois cursos. O livro também é recomendado para o público que se interessa pelo assunto.


Ubirajara de Almeida Galvão

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Fotografia: Vida

Seja livre! Seja diferente! Seja você mesmo! E aproveite cada momento da vida...







Fotos: Ubirajara de Almeida Galvão

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Fotografia: Espontaneidade

Seja espontâneo! Tire fotos espontâneas!





Fotos: Ubirajara de Almeida Galvão

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terça-feira, 29 de junho de 2010

Educação começa em casa

Vandalismos cada dia mais acontecem nas escolas do Brasil. Não apenas isso, mas também o consumo e o trafico de drogas atingem jovens de faixa estaria cada vez menores. As escolas se tornaram um campo de guerra, enquanto professores e diretores são vistos como uma barreira para sua liberdade física e moral.
Insultos, ameaças e até agressões físicas de um aluno para com outro são comuns em varias escolas do país. A própria escola se tornou o lugar perfeito para comportamentos violentos. Carteiras e pertences dos outros alunos são usados como armas de agressão e banheiros são agora lugares para práticas sexuais e consumo de drogas.
Os professores e diretores estão acuados, se por um lado eles também são vítimas de bullyng, por outro não podem submeter os agressores ao regimento disciplinar, porque o conselho tutelar e a vara da infância e juventude entram em ação a favor dos menores “indefesos”. Nenhum deles tem mais poder para impedir que tais atos sejam praticados, porque até mesmo eles já foram vítimas dessas atividades. Adolescentes pararam de estudar com medo de irem para as salas de aula. Muitos dos pais desses estudantes culpam a instituição, e esta culpa as autoridades educacionais. Em determinadas situações até mesmo as famílias desses jovens vândalos são agredidas ou ameaçadas por eles.
Com a situação grave, departamentos e autoridades de educação criaram algumas atividades para as famílias e a sociedade próxima, como a abertura das escolas nos fins de semana para pais e alunos, intensificação de práticas esportivas e o estimulo a musica, como também palestras de orientação sexual e consumo de drogas, tendo como objetivo a conscientização e diminuição do grau de violência nas redes de ensino.
O Estado, em parceria com empresas privadas, desenvolve programas de formação profissional e inserção no mercado de trabalho para jovens com idade acima de 15 anos, numa tentativa de reduzir o número de jovens ociosos.
Embora esses projetos auxiliem no combate aos problemas sociais envolvendo a criança e o jovem, o número de indivíduos menores envolvidos com violência, droga e prostituição, cresce consideravelmente.
Na maioria dos casos, o que o aluno faz ou deixa de fazer é um reflexo do que ele vivencia e aprende em casa.As famílias desses adolescentes não se preocupam em educá-los e de orientá-los corretamente, deixando-os livres ou em mãos de quem possui comportamentos que vão de agressões verbais ao consumo de drogas.
A valorização e fortalecimento das instituições de educação de criança e jovem é um caminho, pois através da educação pode-se interferir positivamente na formação do ser.
O estado precisa desenvolver também, projetos voltados para a educação da família, já que é no lar que as acontece a formação e aquisição de valores éticos.
Cabe sim aos departamentos públicos de educação e empresas estabelecerem parcerias e não só continuar, mas também expandir as atividades e projetos voltados para criança, para o jovem e para família.


Ubirajara de Almeida Galvão
Junho/ 2010

Cultura Urbana e modo de vida

A cultura pode ser entendida como um modo um de estar na vida. As pessoas passam a entendê-la como um processo atuante no cotidiano delas, modificando e incentivando-os a agir sobre a comunidade, reforçando alguns laços e estimulando a auto-estima.
A palavra Urbano vem do latim e significa “o que é próprio da cidade”. A partir do desenvolvimento e o crescimento da vida urbana, vários grupos surgiram e começaram a expressar e desenvolver sua arte nas ruas, bairros, e em espaços públicos. Na maioria das vezes são os jovens que são responsáveis pelo desenvolvimento desses projetos, projetando redes entre a educação e a cultura.
Dentre todas as linguagens possíveis dessa relação cultural entre educação e urbanismo, os jovens se vêem atraídos pelo linguagem cultural, educacional e estético presentes no audiovisual e música, com o objetivo compartilhar emoções e interagir a cultura de massa.
Como vimos anteriormente, a cultura passa a ser entendida como um processo que faz parte do cotidiano delas, podendo modificar e incentivar um pequeno ou grande grupo. A cultura Urbana pode então ser considerada é a cultura do povo, por grande parte da sociedade estar ligada nela direta ou indiretamente em projetos que desenvolvam a educação e a habilidade de se expressar. É importante que o ambiente escolar educativo incorpore varias dessas manifestações culturais, como também suas linguagens específicas, possibilitando recriações e inovações que estarão em um processo de constante mudança.



Ubirajara de Almeida Galvão
Junho/ 2010

domingo, 20 de junho de 2010

Tempo e Cultura

O interesse pelo estudo e comportamento e compreensão de uma cultura não é algo novo. A antropologia (estudo cientifico dos povos que vivem ou viveram em forma tribais e tradicionais) surgiu no campo com esse objetivo.
Inicialmente as diferenças culturais eram vistas como conseqüência da localização geográfica de um Ethos para outro. A idéia central era que o ambiente geográfico justificava os hábitos e costumes da população que ali viviam.
O antropólogo também passou a acreditar que sua cultura era superior comparada a qualquer outra. Surgia ali o Etnocentrismo. Outro fator também foi a idealização do “Evolucionismo Cultural”. Os antropólogos acreditavam que todas as sociedades tinham o mesmo potencial para o desenvolvimento. Para eles, também, o poder cultural de um povo estava nas escolas.
Somente quando Franz Boas apareceu, trazendo a Escola de Cultura e Personalidade que o estudo dos povos tomou um rumo diferente. A localização geográfica não era mais usada para justificar os hábitos de um povo. Em um determinado local pode haver vários ethos. Da mesma forma, o Evolucionismo cultural parou de idealizado. Cada cultura agora era vista com historia e desenvolvimento particular, levando a elaboração de uma “personalidade de base” pelo contato com os membros do povo.
Atualmente os antropólogos também utilizam da Observação Participante, criada por Malinowsky. Dessa forma, o estudo passa de livros para o contato e convivência com o povo estudado por um certo período de tempo.
Cada cultura tem uma história particular, forma um tipo básico de personalidade, que vai caracterizar os indivíduos que vivem nela e tem seu próprio ritmo de desenvolvimento. Ao estudarmos, temos que abordá-las sem preconceitos e sem compará-las com outras.




Nome: Ubirajara de Almeida Galvão
Março/ 2010