"Não se preocupe em explicar emoções. Viva tudo instaneamente, e guarde o que sentiu como uma dádiva de Deus."
Paulo Coelho

domingo, 20 de junho de 2010

RESENHA CRÍTICA

Resenha Crítica que fiz sobre o livro primeiro livro da série Artemis Fowl, escrito por Eoin Colfer.



RESENHA CRÍTICA

“ARTEMIS FOWL O MENINO PRODÍGIO DO CRIME”


“Artemis Fowl O Menino Prodígio do Crime” é o primeiro livro de uma série de, até então, seis livros. Foi originalmente criada pelo escritor e professor irlandês Eoin Colfer, também autor dos livros: “Colin Cosmo e os Supernaturalistas” e “A lista dos desejos”. Artemis é um garoto de 12 anos, e herdeiro do famoso Clã Fowl. Há dois anos seu pai desapareceu misteriosamente junto com parte da fortuna de sua família. Disposto a recuperar o dinheiro e descobrir o que aconteceu com seu pai, acaba tomando conhecimento da existência do Povo das Fadas, e, enganando uma delas, consegue o livro sagrado do povo, intencionando de roubar-lhes a farta reserva de ouro. Para Artemis, isso não era o suficiente, por isso de forma ousada, seqüestra Holly Short, capitã da Unidade LEPrecom. O exército de fadas e outros mágicos com armas avançadas o cerca a fim de resgatar a capitã e impedir que o segredo fosse espalhado.
A história é narrada em terceira pessoa. O narrador possui uma perspectiva onisciente, ou seja, conhece toda a história, manipula o tempo e principalmente, revela o que os personagens sentem e pensam. Isso fica evidente nos pensamentos de Artemis em relação ao ouro das fadas:
“Ninguém disse nada. Artemis imaginou que, em algum lugar, a Abertura 1812 estaria tocando. O ouro estava ali, empilhado em fileiras brilhantes. Parecia ter uma aura, um calor, mas também um perigo inerente. Havia muita gente disposta a morrer ou matar pela riqueza inimaginável que aquele ouro podia trazer...”
O ambiente descrito é físico, é nele que os fatos acontecem. O espaço é real onde os personagens movimentam-se e desenvolve-se a trama. Isso fica evidente nos trechos transcritos a seguir:
“O beco se estreitava até virar uma ruela esburacada. Os esgotos e as calhas iam direto para a superfície enlameada. Aleijados e mendigos se amontoavam em ilhas formadas por esteiras de palha de arroz. A maioria dos moradores não tinha nada para dar.”
O tempo é considerado psicológico porque há uma inversão da ordem temporal, recorrente à analepse ( recuo nos acontecimentos passados). Podemos perceber isso em:
“A busca de Artemis tinha começado há 2 anos, quando começou seu interesse por navegar na internet...
Há também pequenas interrupções na história, dando lugar a descrições ou divagações, como podemos notar em:
“Hora de apresentar um novo personagem à nossa peça do outro mundo. Bom pra falar com exatidão, não exatamente um novo personagem. Nós já o encontramos, na fila de registro de ocorrência da LEP. Sendo preso mais de uma vez por delitos numerosos:Palha Escavador, o anão clepitomaníaco. Um indivíduo dúbio, até mesmo para os padrões de Artemis Fowl.”
Artemis Fowl é considerado como anti-herói. É um personagem plano, pois comporta-se da mesma forma previsível ao longo de toda a narrativa. Até o final do livro, Artemis busca uma maneira de conseguir o ouro das fadas e em nenhum momento muda seu objetivo. Vemos isso em uma de suas falas:
“Eis como eu vejo a situação. Eu tenho meios de revelar sua existência subterrânea, e vocês não têm poder para me impedir. Então, basicamente, o que eu peço é um pequeno preço a pagar.
O livro é a sexta produção de Eoin Colfer. É recomendado para as pessoas por ser um romance de ficção que mistura várias cenas de ação, diversos seres encantados, lendas celtas e um anti-herói que apresentado de uma forma que leva o leitor a simpatizar com ele.


Ubirajara de Almeida Galvão
Novembro/ 2008

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